segunda-feira, 22 de dezembro de 2008

evitar parecer cansada





quando, de madrugada, estiver exausta de tentar lembrar-se dos sonhos que teve, adormece:

"(...) durmo um sono preverso. com a faca na liga. como uma ordinária. porque me estragou a forma de dormir? eu era doce e as minhas mãos estavam serenas quando dormia ao seu lado (...) mas depois convenceu-me que o sono era só mais outra forma de eu o convencer e eu acreditei que não podia mais dormir descansada. Agora finjo que estou morta quando quero dormir. Porque, apesar de uma mulher poder ser bela e sincera, estando morta, é muito fria. E ninguém quer dormir com uma mulher fria (...) Saiu levando mais de metade do meu calor consigo. Entre outras coisas. Desejo-lhe, enquanto me agito com a minha nova forma gelada de descansar, que nunca mais consiga uma pele quente e terna - pelo menos, sem mim (...)."

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